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Brasil e mundo 3m3y11

Mitos e verdades sobre os cortes orçamentários nas Universidades Federais. Por Pedro Hallal 3p3m5o

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Pedro Hallal, reitor da UFPel |

É tão grande a quantidade de informações que circulam nas redes sociais sobre os cortes orçamentários nas Universidades Federais que achei importante apresentar um tutorial com mitos e verdades sobre o assunto, de forma que cada pessoa possa formar suas opiniões.

Obviamente que esse, como qualquer outro texto, não é neutro. Sou reitor de uma Universidade Federal e já me posicionei publicamente contra os cortes, pois tenho certeza de que o investimento em educação é a única solução para o futuro do Brasil.

1. Os cortes orçamentários não começaram agora. Eles vêm sendo observados há anos. 4w1l2z

VERDADE. Em 2015 o valor previsto de custeio para a UFPel era de R$ 81 milhões e recebemos somente R$ 77 milhões. Em 2016, a previsão de R$ 83 milhões foi honrada.

Em 2017, a previsão era de R$ 72 milhões e novamente foi cumprida. Já em 2018, a previsão de R$ 74 milhões foi honrada. Nesse ano, a previsão é de R$ 74 milhões novamente, e somente temos disponíveis R$ 51 milhões após os cortes anunciados na semana ada.

Se o valor de R$ 81 milhões de 2015 tivesse sido corrigido apenas pela inflação, o orçamento de custeio da UFPel em 2019 deveria ser de R$ 102 milhões. No orçamento de capital, as perdas são maiores ainda. Em 2015, o orçamento previsto era de R$ 16 milhões e foram recebidos somente R$ 11 milhões. Em 2016 e 2017, a previsão de R$ 8 milhões foi cumprida. Já em 2018 a previsão de 6 milhões também foi honrada.

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Para 2019, a previsão era de R$ 9 milhões, dos quais apenas R$ 2 milhões estão disponíveis após os cortes anunciados na semana ada. Novamente, se os R$ 16 milhões de 2015 fossem corrigidos apenas pela inflação, o orçamento de capital para a UFPel em 2019 deveria ser de R$ 20 milhões.

2. Quando os cortes foram feitos em outros governos, as Universidades ficaram caladas. 696965

MENTIRA. Em 2015 (Governo Dilma), os servidores da UFPel entraram em greve para reversão dos cortes (https://amigosdepelotas-br.diariodoriogrande.com/…/servidores-da-ufpel-decid…). O mesmo ocorreu em várias outras Universidades. Em 2017 (Governo Temer), novamente denunciamos os cortes orçamentários e inclusive manifestamos que, caso mantidos, a UFPel não honraria com suas contas até o final do ano (https://g1.globo.com/…/reducao-orcamentaria-provoca-cortes-…). Em resumo, as Universidades sempre se posicionam quando têm seu orçamento reduzido, independente do governo.

3. As Universidades são mal istradas e não sabem lidar com cortes orçamentários. 156i3d

MENTIRA. Conforme pode ser observado no item 1, o orçamento de custeio da UFPel, que deveria ser de R$ 102 milhões em 2019 é, na verdade, de R$ 74 milhões, sem contar com os cortes. Ora, certamente todos sabem que os nossos principais gastos só aumentaram nesse período. Por exemplo, todos os contratos de serviços terceirizados, que consomem 1/3 do nosso orçamento de custeio, sofrem repactuações anuais previstas em lei.

A conta de luz da UFPel, como a de todo mundo, aumentou consideravelmente nesse período. Para nos adequarmos a nova realidade financeira, adaptamos todos os nossos contratos de serviços terceirizados, gerando uma economia de mais de R$ 10 milhões em apenas dois anos. Nossa conta de telefone caiu pela metade. Tivemos que reduzir inclusive a quantidade de bolsas de ensino, pesquisa e extensão em 2017. Nossas licitações do Restaurante Universitário, realizadas em 2017 e 2018, reduziram o custo médio por refeição em mais de 30%.

4. A UFPel pode encerrar suas atividades em setembro? 6uf1c

VERDADE. Nosso orçamento, planejado com a devida antecedência, foi preparado com base na expectativa da Lei Orçamentária Anual. Não há hoje qualquer possibilidade de readequar os contratos mais onerosos para a instituição no meio do ano.

Temos dinheiro para pagar as contas da UFPel até o final de agosto. A partir de setembro, caso os cortes não sejam revertidos, não conseguiremos pagar a conta de luz, os contratos de terceirização e a alimentação dos Restaurantes Universitários, só para citar os principais itens de dispêndio da UFPel. No caso dos investimentos, uma Universidade não fecha por falta de recursos, mas fica sucateada.

5. Se os gastos forem explicados, o governo não fará os cortes.

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MENTIRA. As contas das Universidades Federais são auditadas anualmente pelo Tribunal de Contas da União. Além disso, sofremos auditorias anuais da Controladoria Geral da União. Nos dois últimos anos, nossas contas foram aprovadas por esses órgãos.

O nosso orçamento 2019 foi inserido no sistema em 2018, de forma que o próprio governo federal aprovou o nosso planejamento orçamentário desse ano. Os cortes implementados semana ada foram lineares, e aplicados igualmente a todas as Universidades Federais. Ou todos os gestores são incompetentes, ou não houve qualquer diferenciação nos cortes de acordo com a qualidade da gestão.

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Vivendo em mundos paralelos 5z181m

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Algo mudou na relação entre o jornalismo e os pelotenses. Até por volta de 2015, havia um marcado interesse nos assuntos da cidade. A mera notícia de um buraco, e nem precisava ser o negro, despertava vívida atenção. Agora já ninguém dá a mínima, nem mesmo se o buraco for um rombo fruto de corrupção na área sensível da saúde. O valor da notícia sofreu uma erosão na percepção humana.

Não é uma situação local, mas, arrisco dizer, do mundo. Nós apenas sentimos seus efeitos de forma drástica, por razões de ordem econômica e social. E também dimensionais.

Como a cidade não é grande, os problemas são ainda mais visíveis. Topamos com eles no cotidiano. Acontece que os buracos reais e metafóricos, ainda que denunciados, inclusive pelo cidadão que vai às redes sociais reclamar, avolumam-se sem solução que satisfaça, levando a outro problema, este de ordem comportamental.

Vem ocorrendo uma cisão no vínculo entre as pessoas e o meio em que vivem. Um corte entre elas e a vida social. O espaço, que no ado era público, já hoje parece ser de ninguém.

A responsabilidade parcial disso parece, curiosamente, ser das novas tecnologias de comunicação. Se por um lado elas deram voz à sociedade como um todo, por outro, ao igualmente darem amplo o ao mundo virtual, elas nos têm distraído da concretude do mundo, de interação sempre mais hostil — distraído, enfim, da realidade mesma, propiciando que vivamos em mundos paralelos.

Outra razão é que, no essencial, nada muda em nossa realidade. Isso ficou mais evidente porque as redes sociais deram vazão, sem os filtros editoriais da imprensa, a um volume de problemas reais maior do que o que era noticiado. Se antes já havia demora nas soluções, essa percepção foi multiplicada pelo crescente número de denúncias feitas nas redes pelos próprios cidadãos. Os problemas que dizem respeito à coletividade se avolumam sem solução a contento, desconsolando e fatigando a vida.

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Como a dinâmica da cidade (e da realidade) não responde como deveria, eis o ponto, estamos buscando reparações no ambiente virtual, sensitivamente mais recompensador, além de disponível na palma da mão.

No mundo moderno, não habitamos mais exatamente nas cidades. Estamos habitando no mundo virtual, onde não há frustrações, mas sim gratificação instantânea. Andamos absortos demais em nossa vida. Abduzidos por temas de exclusivo interesse pessoal, retroalimentados minuto a minuto pelo algoritmo.

Antes vivíamos num mundo de trocas diretas entre as pessoas. Hoje habitamos numa nuvem, no cyber-espaço. Andamos parecendo cada dia mais com Thomas Anderson, protagonista do filme Matrix. Conectado por cabos a um imenso sistema de computadores do futuro, ele vive literalmente em uma realidade paralela. Isso dá

Para complicar tudo, há pensadores para quem a realidade é uma simulação.

Segundo eles, cada um de nós só tem o às coisas através dos sentidos (olfato, visão, tato, audição, paladar). Porém, como cores, cheiros etc. não existem no mundo concreto, mas são simulações percebidas pelo nosso corpo (pessoas veem as cores em diferentes tons, quando não em diferentes, como os daltônicos), aqueles pensadores sustentam que o mundo como o percebemos seria resultado dos nossos sentidos.

Assim, a única coisa real seria a razão, quer dizer, o modo como processamos aquelas percepções dos sentidos. É o que diz Descartes, para quem a razão é a única prova da existência. Como amos o mundo virtual pelos mesmos sentidos que amos o concreto, não haveria diferença entre eles.

Segundo aqueles pensadores, como o mundo virtual está entrelaçado com o mundo concreto, não deveríamos condenar o mundo virtual, mas sim o explorarmos melhor.

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Edital do Enem 2025 é publicado; veja datas e regras do exame 2773

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O Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep) publicou em edição extra do Diário Oficial da União (DOU) desta sexta-feira (23), o edital do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) 2025.

O período de inscrições será de 26 de maio a 6 de junho. Os interessados deverão se inscrever na Página do Participante do exame, no site do Inep.

Conforme adiantado pelo ministro da Educação, Camilo Santana, participantes do Enem com mais de 18 anos, que ainda não concluíram a educação básica, voltarão a obter a certificação no ensino médio para quem conquistar pelo menos 450 pontos em cada uma das áreas de conhecimento das provas e nota acima de 500 pontos na redação.

Provas

O Enem 2025 será aplicado nos dias 9 e 16 de novembro, em todo o Brasil.

São quatro provas objetivas e uma redação em língua portuguesa. Cada prova objetiva terá 45 questões de múltipla escolha.

No primeiro dia do exame, serão aplicadas as provas de redação e as objetivas de língua portuguesa, língua estrangeira (inglês ou espanhol), história, geografia, filosofia e sociologia. A aplicação terá 5 horas e 30 minutos de duração.

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No segundo dia do Exame, serão aplicadas as provas de matemática, Química, Física e Biologia. Nesta data, a aplicação terá 5 horas de duração.

Os portões de o aos locais de provas serão abertos às 12h e fechados às 13h (horário de Brasília). O início será às 13h30.

No primeiro dia, as provas irão terminar às 19h. No segundo dia, o término é às 18h30

“Excepcionalmente, considerando a realização da 30ª Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas – COP 30, que será realizada em Belém-PA, a aplicação do Enem 2025 para o participante que indicar os municípios de Belém-PA, Ananindeua-PA ou Marituba-PA como município de aplicação no ato da inscrição será realizada em 30 de novembro de 2025 e 7 de dezembro de 2025”, diz o edital.

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No ato de inscrição, os candidatos podem requerer o tratamento pelo nome social, que é destinado à pessoa que se identifica e quer ser reconhecida socialmente, conforme sua identidade de gênero. 

Serão usados dados da Receita Federal, por isso o participante deverá cadastrar o nome social na Receita FederalTravestis, transexuais ou transgêneros receberão esse tratamento automaticamente, de acordo com os dados cadastrados na Receita.

O candidato não precisa enviar documentos comprobatórios.

ibilidade

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O participante que necessitar de atendimento especializado deverá, no ato da inscrição, solicitá-lo.

O candidato deve informar as condições que motivaram a solicitação, como baixa visão, cegueira, visão monocular, deficiência física, auditiva, intelectual e surdez, surdocegueira, dislexia, discalculia, déficit de atenção, Transtorno do Espectro Autista (TEA), gestantes, lactantes, diabéticos, idosos e estudantes em classe hospitalar ou com outra condição específica. 

Os recursos de ibilidade disponibilizados aos candidatos estão descritos no edital.

Taxa de inscrição

taxa de inscrição do Enem é no valor de R$ 85 e pode ser paga por boleto (gerado na Página do Participante), pix, cartão de crédito, débito em conta corrente ou poupança (a depender do banco). O prazo para fazer o pagamento vai até 11 de junho. Não haverá prorrogação do prazo para pagamento da taxa.

Para pagar por Pix, basta ar o QR code que constará no boleto.

De acordo com o edital, não serão gerados boletos para participante que informar na inscrição que usará os resultados do Enem 2025 para pleitear o certificado de conclusão do ensino médio ou declaração parcial de proficiência e que esteja inscrito no Cadastro Único para Programas Sociais do Governo Federal (CadÚnico) concluinte do ensino médio (no ano de 2025), mesmo que ainda não tenha solicitado isenção da taxa

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Reaplicação

De acordo com o edital, as provas serão reaplicadas nos dias 16 e 17 de dezembro para os participantes que faltaram por problemas logísticos ou doenças infectocontagiosas.

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