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O episódio que culminou numa mulher empurrada dentro de uma piscina do Dunas Clube pode parecer só banal. A gente já viu em novela da Globo, um clássico da falta de imaginação dos roteiristas.
Por outro lado, todos os gestos humanos querem dizer alguma coisa, mesmo um pastiche cenográfico.
O que se deu na pérgula, na noite de sexta-feira (29), foi que uma mulher ou vergonha porque outro decidiu que ela deveria ar vergonha.
Ensopada na piscina de um clube social, tanta foi a vergonha que foi à polícia dar queixa na madrugada subsequente à noite do ocorrido.
Ninguém gosta de ser empurrado, sobretudo para fora do convívio social, sobretudo de forma vexatória, no meio de uma festa, com testemunhas entre o espanto e o riso, natural.
Felizmente, dois rapazes, feito salva-vidas, entraram na água para prestar socorro e dela saíram empapados, amenizando a vergonha da mulher e envergonhando quem dela riu.
Até ser atirada na piscina, a mulher era “a Maria” (nome fictício). Depois que saiu dela, no ambiente do Dunas será lembrada não mais como “Maria”, mas como a “mulher que caiu na piscina”, suscitando uma série de versões sobre o episódio, provavelmente nenhuma delas dignificante.
Por certo a direção do Dunas vai analisar o caso, que pode, no extremo, resultar na expulsão de seu quadro social o autor do empurrão, porque, afinal, foram colocados em jogo os estatutos de boa convivência de um clube, que, sendo social, deveria pretender zelar pelo bem-estar físico e emocional dos seus sócios e convidados.
Por enquanto quem foi ‘expulsa’ foi a mulher.
Mulher empurrada por homem em piscina do Dunas Clube dá queixa na polícia