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Tu achas possível, num mundo dinâmico como o nosso, que uma pessoa caiba dentro de um ideário de um partido político?
Difícil.
Dá pra ter princípios rígidos fixos?
Creio que sim. As pessoas tomam decisões com base em seus valores pessoais. Não é que vamos encontrar um ideário que acomode as opiniões e convicções de todos. Mas nos valores e princípios, sim. O Novo poderia abrigar liberais e conservadores, não vejo problemas. Não precisa ter consenso. Agora, governança é importante pra mim. Se uma organização tem um “dono” e as decisões são tomadas na base do antigo “centralismo democrático”, aí fica difícil conviver. Eu decidi que não preciso conviver com isso.
Pode detalhar melhor os motivos de sua saída do Novo?
Foram varias frustrações, mas nada que superasse as virtudes do partido; é aquela história de ter “senso de proporção”. Outra coisa: nessa campanha, acabei filiando muito gente, sendo de certa forma “fiador” destas filiações. E muitos estavam incomodados há mais tempo, e eu tratei se segura-los o quanto pude.
Além do ti, mais filiados do Novo estão saindo do partido. Até que ponto é uma decisão pessoal, até que ponto é coletiva?
Eu não liderei este movimento de saída; ao contrário, tentei impedir; mas quando ficou evidente que não havia o que fazer em relação à governança (regras para 2020 foram a gota D’água pra essa turma), eles resolveram sair; e eu resolvi acompanhar.