Connect with us

Opinião

Leite anuncia injeção de R$ 65,5 milhões para municípios e hospitais

Publicado

on

Do site do Palácio Piratini – Com o tema ‘Caminhos para desenvolver os municípios’, a edição 2019 da Assembleia de Verão da Federação das Associações de Municípios do Rio Grande do Sul (Famurs) começou nesta quinta-feira (21).

Uma semana após anunciar uma linha de crédito para hospitais filantrópicos e santas casas do Rio Grande do Sul no valor total de R$ 90 milhões, o governador informou a estruturação de um programa para regularizar os rees da saúde, que a de R$ 1,1 bilhão, dos quais R$ 486 milhões empenhados e liquidados (restos a pagar) com contratos, onde estão considerados também os rees aos municípios, e R$ 639 milhões que sequer foram empenhados ainda.

Governo Leite libera nota sobre crise na Santa Casa

“A partir de março, vamos começar a regularizar os pagamentos. Como não é possível quitar tudo de uma vez, pois não há recursos em caixa, vamos parcelar os rees, possivelmente em 36 vezes”, afirmou o governador, aplaudido pelos convidados.

“Conseguimos normalizar compromissos com a Educação, não vamos descansar enquanto não estiver em dia também a Saúde”, diz Leite – Foto: Felipe Dalla Valle / Palácio Piratini

Rees

Em março, o governo reará R$ 41,5 milhões aos municípios, valor referente a 100% do ivo de janeiro, e R$ 24 milhões aos hospitais públicos e filantrópicos, com R$ 16 milhões da totalidade do mês de janeiro e R$ 8 milhões, a metade, de fevereiro, chegando a R$ 65,5 milhões.

“Neste início de 2019, conseguimos normalizar compromissos com a Educação, não vamos descansar enquanto não colocarmos em dia também a Saúde”, destacou o governador.

Voltado para prefeitos, vice-prefeitos, secretários e demais agentes municipais, o evento deste ano estreita a relação do novo governo com os municípios.

Publicidade

Vídeo: Mulher denuncia lixo acumulado na Santa Casa

Ao compartilhar sua experiência como prefeito de Pelotas, Leite salientou a criação da Secretaria de Articulação e Apoio aos Municípios, comandada por Rodrigo Lorenzoni. A pasta centraliza as demanda de prefeituras, principalmente apoiando política e tecnicamente o desenvolvimento de projetos para melhorar as condições de gestão dos municípios.

A mudança de status da representação gaúcha em Brasília, com a criação da Secretaria Extraordinária de Relações Federativas, a ser comandada pela secretária Ana Amélia Lemos, também aperfeiçoa o diálogo federativo, o que de alguma forma potencializa a capacidade do governo estadual de atender os municípios, acrescentou o governador.

Presidente da Famurs e prefeito de Garibaldi, Antônio Cettolin reconheceu o esforço de Leite na busca pelo diálogo: “Somente se trabalharmos juntos, municípios, Estado e governo federal, poderemos trazer mais desenvolvimento e qualidade de vida para os cidadãos”, afirmou Cettolin.

Participaram da abertura da Assembleia de Verão da Famurs, que se encerra nesta sexta-feira (22), o presidente do Tribunal de Contas do Estado, conselheiro Iradir Pietroski; a defensora pública-geral do Estado em exercício, Liseane Hartmann; o procurador-geral de Justiça, Fabiano Dallazen; e o presidente da Assembleia Legislativa, deputado Luís Augusto Lara, além de autoridades que representam os 497 municípios.

Vídeo: Funcionários da Santa Casa fazem protesto por salários. ‘O provedor, cadê vc, eu vim aqui pra receber’

Publicidade
Publicidade
Clique para comentar

Brasil e mundo

Antes de Gaga, Madonna já havia aprontado no Rio

Publicado

on

Em seu show no Rio, em maio de 2024, Madonna exibiu numa tela ao fundo do palco imagens de ícones culturais, entre eles Che Guevara e Frida Kahlo. Foi surpreendente que o tenha feito, afinal, ela se apresenta como defensora dos direitos das minorias, inclusive da Queer, como faz Gaga, minoria que se fez maioria em ambos os shows.

Na ocasião, Madonna soou mais inconsequente que Gaga com seu “Manifesto do Caos”.

Os livros contam que o governo cubano, do qual Che fez parte, perseguia homossexuais, chegando a fuzilá-los por isso. Por quê? Porque os considerava hedonistas — indivíduos de natureza subversiva ao regime de exceção. Por serem, para eles, incapazes de controlar seus ardores sensuais e, por conseguinte, de se enquadrar em um regime em que a liberdade não tinha lugar, muito menos de fala.

Já Frida foi amante de Trotsky. E, depois deste ser assassinado no exílio a mando de Stálin, a artista ainda teve a pachorra de pintar um quadro com o rosto de Stálin, exposto até hoje em sua casa-museu, para iração de boquiabertos turistas bem informados sobre os fatos.

Madonna levou R$ 17 milhões do sistema capitalista por um show de um par de horas em que, literalmente, performou. Sem esforço, fingiu que cantava. Playback.

Dizem que artistas, por natureza, são “ingovernáveis”. A visão que eles teriam de vida seria mais importante do que a vida, do que a matéria. Pois há artistas e artistas.

Publicidade

Madonna é dessas sumidades que a gente não sabe, de fato, o que pensa. Apenas intui, por projeção. Tente lembrar de alguma fala substancial dela. Não lembramos, porque vive da imagem que criou. Vende uma imagem que, no fundo, talvez nem corresponda ao que ela é de verdade.

No fim da trajetória, depois de ganhar a vida, artistas costumam surpreender o público, mostrando sua verdadeira face em biografias. Pelo desconforto de partir com uma máscara mortuária falsa.

Continue Reading

Cultura e entretenimento

O perigo das Gagas da vida

Publicado

on

Ajoelhado na calçada, à moda dos muçulmanos voltados para Meca, porém usando minissaia e rumorosos saltos vermelhos, um homem vestido de mulher berrava com desespero, na tarde de sexta 2, para uma janela vazia do Copacabana Palace, no Rio. Esgarçando-se na reiteração, expelia em golfos: “Aparece, Gagaaa. Gaaaagaaaaa”. Projetava-se à frente ao gritar, recuava em busca de fôlego e voltava a projetar-se.

Como a cantora não deu os ares à janela do hotel, o rapaz, tal qual uma atriz de novela mexicana, a sombra e o rímel escorrendo pelas bochechas, chorou o que pode. Estava cercado por uma multidão que, assim como ele, queria porque queria fincar os olhos na mutante Lady Gaga, uma mistura de mil faces a partir da fusão de Madonna com Maria Alcina, antes de seu show. No país que ama debochar, a cena viralizou.

Multidão muito maior ironizou o drama. Memes correram por todo lado para denunciar o grande número de desempregados no Brasil. Gente com tempo de sobra para chorar, porém pelas razões erradas.

Ocorre que muitos dos presentes à manifestação, como o atormentado rapaz, veem em Gaga um ícone Queer. Uma rainha da comunidade LGBTQIA+, representante global das causas do amor sem distinção, como a pop estimula em seu “Manifesto do Caos”, lido por ela no show. Nele, Gaga prega a “importância da expressão inabalável da própria identidade, mesmo que isso signifique viver em estado de caos interno”. Um manifesto assim, mais do que inconsequente, é temerário.

Como assim caos interior?

Tomado ao pé da letra por destinatários confusos, um manifesto desses pode ser mortificante. Afinal, viver a própria identidade não significa viver sem freios, mas sim encontrar um meio termo entre o desejo e a realidade. Justamente para evitar o caos. Logo, o manifesto é, isso sim, assustador — por haver (sempre há) tantas pessoas suscetíveis de embarcar nessas canoas de alto risco, cheias de remendos destinados a cobrir furos da embarcação. Pobres dos ageiros que, cegos por influência de ídolos de ocasião, avançam pelo lago em condições tão incertas.

Publicidade

A idolatria… ela é mais antiga do que fazer pipi pra frente e, ao menos no caso dos homens, ainda de pé. Ultimamente as coisas andam um tanto confusas nesse quesito, mas ao menos a adoração se mantém intacta, assim como a veneta dos gozadores, para quem o humor repõe as coisas em proporção, ou seja, em seu devido lugar.

Todos temos cotas de iração por artistas, mas à veneração, eis a questão, se entregam os vulneráveis. O que esses buscam, mais do que a própria vida, é um reflexo (uma sombra?) de suas identidades. Uma projeção material da pessoa que gostariam de ser, não fossem o que são. É aí que mora, num duplex de cobertura, o perigo. O rapaz pensa que Gaga é como ele, só que não.

Não lembro quem disse que aqui é um vale de lágrimas. Mas o é de fato, bem como é um fato que artistas, como políticos, são depositários das nossas esperanças, mesmo que atuem na mais antiga das profissões, anterior à prostituição — a representação —, o primeiro requisito para sobreviver em sociedade, quando não ficar rico, e sem necessariamente excluir, ainda que camuflada, a segunda profissão.

É de se imaginar o rapaz voltando para casa frustrado. É de presumi-lo no sofá, fazendo um minuto de silêncio.

Mas depois se reerguendo.

Não há de ser nada. Amanhã Gaga vai arrasaaar.

Gagaaaaaa.

Publicidade

Continue Reading

Em alta

Copyright © 2008 Amigos de Pelotas.

Descubra mais sobre Amigos de Pelotas

Assine agora mesmo para continuar lendo e ter o ao arquivo completo.

Continue reading