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O site ouviu a delegada Walquíria Meder, da 2ª Delegacia de Polícia Civil de Pelotas, sobre o caso que resultou na prisão de um casal de construtores, ocorrida na noite desta sexta-feira (8).
Pelo Messenger, a delegada explicou:
A investigação da polícia começou em setembro de 2018. A polícia foi procurada por seis vítimas. Pessoas que am contratos com a Construtora Rodeghiero Junior, para a construção de casas em condomínios de classe média alta (Veredas, Alphaville).
Nos contratos, havia uma cláusula prevendo a perda total dos valores já pagos, caso o contratante desistisse da obra.
A partir daí, a construtora executava apenas o início da obra, utilizando materiais inadequados e funcionários com pouca qualificação, fazendo com que as obras apresentassem graves defeitos técnicos, sendo abandonadas em seguida.
Ao mesmo tempo, as vítimas eram pressionadas a efetuar pagamentos antecipados de partes da obra que sequer tinham iniciado. Ao que tudo indica, o objetivo era obter a maior vantagem possível para depois forçar as vítimas a desistir do negócio.
O prejuízo aproximado dessas seis vítimas é de 1 milhão e 300 mil.
Há mais vítimas que não quiseram efetuar a ocorrência policial, por temer represálias.
Laudos feitos posteriormente nas obras iniciadas pela construtora indicaram, em alguns casos, risco de desabamento.
Foram solicitadas à justiça diversas medidas cautelares, como bloqueio de bens, quebra de sigilos bancário e prisão preventiva dos envolvidos.
Foram cumpridos Mandados de Busca e Apreensão nos quais foram apreendidos diversos documentos e telefones.
Os documentos foram analisados e encontrados indícios de que eles pretendiam se mudar do país. Em razão disso foi pedida e decreta a prisão preventiva. As prisões ocorreram ontem a noite”.
Delegada Walquíria Meder