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TCU condena ex-reitor Cesar Borges a indenizar UFPel em R$ 2 milhões e o inabilita para funções públicas

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O médico César Borges, ex-reitor da UFPel, foi condenado pelo Tribunal de Contas da União a indenizar o Tesouro Nacional por prejuízos causados durante mandato na Universidade, por conta de uma transação de compra de terrenos na região do antigo frigorífico Anglo, anexada à UFPel, onde o reitor na ocasião pretendia erguer um shopping, que não saiu do papel.

A decisão, número 016.617/2016-9, pode ser pesquisada no site do TCU.

Segundo o Acórdão do TCU, do final de 2018, Borges deve devolver aos cofres da União R$ 2 milhões, mais correção monetária e juros de mora desde 15 de março de 2012 (originalmente, a sentença condenava ao pagamento de R$ 4,2 milhões, mas foi corrigida). Deve também pagar multa de R$ 500.000,00. O Acórdão ainda o inabilita a ocupar funções públicas por oito anos.

A sentença tem efeito concreto e é auto-executável. Somente não será executada se o Judiciário a suspender em virtude de liminar em ação proposta pelos devedores. Nesta altura, porém, segundo a opinião de advogado ouvido pelo site, é “improvável, para não dizer impossível” que o Judiciário, mesmo acionado, conceda liminar.

O Tribunal de Contas da União (TCU) é um tribunal istrativo. Julga as contas de es públicos e demais responsáveis por dinheiros, bens e valores públicos federais, bem como as contas de qualquer pessoa que der causa a perda, extravio ou outra irregularidade de que resulte prejuízo ao erário.

Geraldo Fonseca, falecido, foi condenado solidariamente

A condenação foi “solidária” com outras pessoas, como Geraldo Fonseca, falecido, então diretor-presidente da Fundação Simon Bolívar e os proprietários das empresas envolvidas no negócio.

Com isso, cada um deles responde pelo valor integral da indenização. A própria UFPel pode cobrar a dívida. Pode cobrar tudo de todos, de alguns ou de um só, conforme o patrimônio disponível.

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O Acórdão determina que a UFPel, antecipando-se, desconte até 80% dos proventos mensais do ex-reitor como adiantamento da quitação da dívida.

Determinou ainda o envio do caso ao Ministério Público Federal, para apuração de eventual prática de crime e/ou improbidade.

O Acórdão registra como “grave” a irregularidade apontada.

O caso

A engenharia do negócio é complexa, como revela o longo Acórdão do TCU.

Uma síntese: Em 15 de março de 2012, duas empresas (Montebelluma Participações e Ruluvi Participações) venderam, oficialmente por R$ 700 mil, um imóvel de cinco hectares, às margens do Canal São Gonçalo, para a Fundação Simon Bolívar, vinculada à UFPel.

No mesmo dia, a Simon Bolívar revendeu o imóvel à Universidade por R$ 12,3 milhões, despertando a atenção dos órgãos de fiscalização. Conforme escritura de compra e venda 023/42.318, houve “plena, geral e irrevogável quitação” dos imóveis pela fundação.

Ao tomar conhecimento da origem e dos moldes da transação, o Ministério da Educação, que só havia liberado R$ 7,4 milhões para compra dos terrenos (não a totalidade plena do $, como dizia a escritura), suspendeu o ree dos R$ 4,9 milhões restantes e exigiu a devolução do dinheiro.

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Dos R$ 7,4 milhões então liberados pelo MEC, R$ 2,8 milhões foram devolvidos aos cofres públicos. Quanto aos R$ 4,6 restantes da antecipação, o representante da Simon Bolívar alegou que havia reado R$ 4 milhões aos empresários da Montebelluma e Ruluvi, a título de “indenização” por supostos serviços realizados nos terrenos – portanto, não dispunha mais do dinheiro.

Abaixo, a correção da sentença, que reduziu o valor da indenização cobrada do ex-reitor de R$ 4,2 milhões para R$ 2 milhões.

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Edital do Enem 2025 é publicado; veja datas e regras do exame

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O Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep) publicou em edição extra do Diário Oficial da União (DOU) desta sexta-feira (23), o edital do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) 2025.

O período de inscrições será de 26 de maio a 6 de junho. Os interessados deverão se inscrever na Página do Participante do exame, no site do Inep.

Conforme adiantado pelo ministro da Educação, Camilo Santana, participantes do Enem com mais de 18 anos, que ainda não concluíram a educação básica, voltarão a obter a certificação no ensino médio para quem conquistar pelo menos 450 pontos em cada uma das áreas de conhecimento das provas e nota acima de 500 pontos na redação.

Provas

O Enem 2025 será aplicado nos dias 9 e 16 de novembro, em todo o Brasil.

São quatro provas objetivas e uma redação em língua portuguesa. Cada prova objetiva terá 45 questões de múltipla escolha.

No primeiro dia do exame, serão aplicadas as provas de redação e as objetivas de língua portuguesa, língua estrangeira (inglês ou espanhol), história, geografia, filosofia e sociologia. A aplicação terá 5 horas e 30 minutos de duração.

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No segundo dia do Exame, serão aplicadas as provas de matemática, Química, Física e Biologia. Nesta data, a aplicação terá 5 horas de duração.

Os portões de o aos locais de provas serão abertos às 12h e fechados às 13h (horário de Brasília). O início será às 13h30.

No primeiro dia, as provas irão terminar às 19h. No segundo dia, o término é às 18h30

“Excepcionalmente, considerando a realização da 30ª Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas – COP 30, que será realizada em Belém-PA, a aplicação do Enem 2025 para o participante que indicar os municípios de Belém-PA, Ananindeua-PA ou Marituba-PA como município de aplicação no ato da inscrição será realizada em 30 de novembro de 2025 e 7 de dezembro de 2025”, diz o edital.

No ato de inscrição, os candidatos podem requerer o tratamento pelo nome social, que é destinado à pessoa que se identifica e quer ser reconhecida socialmente, conforme sua identidade de gênero. 

Serão usados dados da Receita Federal, por isso o participante deverá cadastrar o nome social na Receita FederalTravestis, transexuais ou transgêneros receberão esse tratamento automaticamente, de acordo com os dados cadastrados na Receita.

O candidato não precisa enviar documentos comprobatórios.

ibilidade

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O participante que necessitar de atendimento especializado deverá, no ato da inscrição, solicitá-lo.

O candidato deve informar as condições que motivaram a solicitação, como baixa visão, cegueira, visão monocular, deficiência física, auditiva, intelectual e surdez, surdocegueira, dislexia, discalculia, déficit de atenção, Transtorno do Espectro Autista (TEA), gestantes, lactantes, diabéticos, idosos e estudantes em classe hospitalar ou com outra condição específica. 

Os recursos de ibilidade disponibilizados aos candidatos estão descritos no edital.

Taxa de inscrição

taxa de inscrição do Enem é no valor de R$ 85 e pode ser paga por boleto (gerado na Página do Participante), pix, cartão de crédito, débito em conta corrente ou poupança (a depender do banco). O prazo para fazer o pagamento vai até 11 de junho. Não haverá prorrogação do prazo para pagamento da taxa.

Para pagar por Pix, basta ar o QR code que constará no boleto.

De acordo com o edital, não serão gerados boletos para participante que informar na inscrição que usará os resultados do Enem 2025 para pleitear o certificado de conclusão do ensino médio ou declaração parcial de proficiência e que esteja inscrito no Cadastro Único para Programas Sociais do Governo Federal (CadÚnico) concluinte do ensino médio (no ano de 2025), mesmo que ainda não tenha solicitado isenção da taxa

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Reaplicação

De acordo com o edital, as provas serão reaplicadas nos dias 16 e 17 de dezembro para os participantes que faltaram por problemas logísticos ou doenças infectocontagiosas.

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CCJ do Senado aprova fim da reeleição para cargos do Executivo

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A Proposta de Emenda à Constituição (PEC) que acaba com a reeleição no Brasil para presidente, governadores e prefeitos foi aprovada, nesta quarta-feira (21), na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) do Senado. A PEC 12/2002 ainda aumenta os mandatos do Executivo, dos deputados e dos vereadores para cinco anos. Agora, o texto segue para análise do plenário do Senado.

A PEC previa o aumento do mandato dos senadores de oito para dez anos, mas a CCJ decidiu reduzir o tempo para cinco anos, igual período dos demais cargos. A proposta ainda unifica as eleições no Brasil para que todos os cargos sejam disputados de uma única vez, a partir de 2034, acabando com eleições a cada dois anos, como ocorre hoje.

A proposta prevê um período de transição para o fim da reeleição. Em 2026, as regras continuam as mesmas de hoje. Em 2028, os prefeitos candidatos poderão se reeleger pela última vez e os vencedores terão mandato estendido de seis anos. Isso para que todos os cargos coincidam na eleição de 2034.

Em 2030, será a última eleição com possibilidade de reeleição para os governadores eleitos em 2026. Em 2034, não será mais permitida qualquer reeleição e os mandatos arão a ser de cinco anos.  

Após críticas, o relator Marcelo Castro (MDB-PI) acatou a mudança sugerida para reduzir o mandato dos senadores.

“A única coisa que mudou no meu relatório foi em relação ao mandato de senadores que estava com dez anos. Eu estava seguindo um padrão internacional, já que o mandato de senador sempre é mais extenso do que o mandato de deputado. Mas senti que a CCJ estava formando maioria para mandatos de cinco anos, então me rendi a isso”, explicou o parlamentar.

Com isso, os senadores eleitos em 2030 terão mandato de nove anos para que, a partir de 2039, todos sejam eleitos para mandatos de cinco anos. A mudança também obriga os eleitores a elegerem os três senadores por estado de uma única vez. Atualmente, se elegem dois senadores em uma eleição e um senador no pleito seguinte.

Os parlamentares argumentaram que a reeleição não tem feito bem ao Brasil, assim como votações a cada dois anos. Nenhum senador se manifestou contra o fim da reeleição.

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O relator Marcelo Castro argumentou que o prefeito, governador ou presidente no cargo tem mais condições de concorrer, o que desequilibraria a disputa.

A possibilidade de reeleição foi incluída no país no primeiro governo de Fernando Henrique Cardoso, em 1997, mudança que permitiu a reeleição do político em 1998.

“Foi um malefício à istração pública do Brasil a introdução da reeleição, completamente contrária a toda a nossa tradição republicana. Acho que está mais do que na hora de colocarmos fim a esse mal”, argumentou Castro.

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