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O maior temor tucano no caso dos exames de pré-câncer 2g3z2j

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Voltando ao caso da I dos exames de pré-câncer…

Quando ela foi criada, o site registrou que não se deveria esperar muito dela. Porque a maioria dos vereadores é da base é do governo, porque o relator é do PSDB, partido da prefeita, e porque o clima eleitoral poderia contaminar o processo de investigação.

Dito e feito.

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A I fracassou quando protelou uma decisão de convocar o ex-prefeito Eduardo Leite e a prefeita paula Mascarenhas para depor e, depois, impediu a convocação.

Se os vereadores se perderam pelo caminho, ainda assim, a I conseguiu até aqui tentos positivos. O principal deles: ficou evidente que a prefeitura foi alertada formalmente, por escrito – por três vezes, sobre a insegurança nos exames. Os alertas foram feitos por médicos e enfermeiros do município em 2013, em 2016 e em 2017, endereçados às gestões de Eduardo Leite e de sua sucessora, prefeita Paula.

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A prefeitura, porém, não mandou investigar as denúncias para esclarecê-las. Um fato no mínimo estranho se tratando de uma situação que dizia respeito à vida e à morte. Este fato, provado por documentos e por depoimentos de médicos e enfermeiros, é o ponto central – o X QUE RESUME A QUESTÃO.

Por algum motivo, o governo negligenciou as denúncias. Não deu importância a elas. Eis o fulcro da coisa: Ou deu importância, e – por isso mesmo – preferiu “deixar quieto”.

17 mil lâminas 392t53

Neste momento, o Instituto Geral de Perícias (IGP), órgão do governo do Estado, mantém a posse de 17 mil lâminas de coleta que o Laboratório SEG conservava consigo como contraprova, caso um dia fosse necessário. Esse dia chegou, há dois meses, quando o caso estourou na imprensa.

O recolhimento das lâminas pelo IGP foi pedido pelo Ministério Público e acompanhado pela polícia civil.

O MP determinou que o IGP reanalise as 17 mil coletas. O MP quer comparar os resultados da reanálise com os resultados nas análises originais, par saber se há contradições de resultado.

Mulheres que fizeram o exame original de Papanicolau tiveram resultado negativo para câncer de colo de útero. Mesmo assim, até aqui, constatou-se oficialmente a morte de duas mulheres que recebiam resultado de “negativo”. Outras mulheres descobriram a doença a tempo se se tratar – e seguem em tratamento.

Com relação ao caso, o maior temor dos tucanos é que os resultados do IGP sejam revelados publicamente durante a campanha eleitoral que se desenrola. Pois, se a conclusão for de que houve falhas dos exames, o fato de que a prefeitura, embora alertada, não mandou apurar as denúncias, ganhará impacto e dimensão.

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Como ainda não há confirmação oficial de falha, a prefeitura não precisa se defender por não ter mandado investigar as denúncias.

Se houver a confirmação de falhas, aí sim, a prefeitura ficará oficialmente na posição ruim de ter de se explicar. Sendo assim, mesmo que a Câmara tenha rejeitado a convocação de Leite e de Paula para deporem, eles terão de dar explicações a uma plenário maior, toda a sociedade.

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