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Depois dos dramáticos eventos de Vingadores: Guerra Infinita, Homem-Formiga e a Vespa estreia como um alívio para o Universo Cinematográfico da Marvel. Sem inovar, assistimos a um filme leve e despretensioso, que estabelece o Homem-Formiga como um dos heróis mais legais da Marvel e, agora, a Vespa como uma das super-heroínas mais promissoras do estúdio.
Após ter ajudado o Capitão América na batalha contra o Homem de Ferro na Alemanha em Capitão América: Guerra Civil, Scott Lang (Paul Rudd) é condenado a dois anos de prisão domiciliar por ter quebrado o Tratado de Sokovia. Restando apenas três dias para o término deste prazo, ele tem um estranho sonho com Janet Van Dyne (Michelle Pfeiffer), que desapareceu há 30 anos ao entrar no mundo quântico. Ao procurar o Dr. Hank Pym (Michael Douglas) e sua filha Hope Van Dyne (Evangeline Lilly) em busca de explicações, Scott resolve ajudar a dupla em sua nova missão: construir um túnel quântico com o objetivo de resgatar Janet do ambiente quântico.
Mesmo diretor do longa de 2015, Peyton Reed segue a fórmula estabelecida no primeiro filme e, com uma equipe de cinco roteiristas (incluindo o astro Paul Rudd), explora uma trama na qual o tema da paternidade aborda a relevância das relações familiares. Afinal, Hope procura formas de encontrar a mãe, a Vespa original, enquanto que Scott busca não perder contato com a filha por conta de um eventual retorno à prisão pela quebra de sua condicional.
Entretanto, o filme apresenta (mais uma vez) o grande problema da Marvel: os antagonistas. A vilã Fantasma (Hannah John-Kamen) e o também vilão (ao melhor estilo “Sessão da Tarde”) Sonny Burch (Walton Goggins) são rasos e mal desenvolvidos, repetindo uma dinâmica preguiçosa e sem inspiração. Além disso, o núcleo envolvendo Luis (Michael Peña) e sua equipe ganha tempo desnecessário em cena, com piadas explicadas de forma didática, menosprezando a capacidade de compreensão do espectador.
Com humor na medida certa e poucas cenas de ação, o filme se destaca por dar a mesma importância na trama tanto para Scott Lang como para Hope Van Dyne. Ao apostar na carismática Evangeline Lilly, a Vespa finalmente ganha seu devido espaço como uma heroína corajosa e inteligente. De fato, o talento cômico de Paul Rudd continua impecável, assim como a sua dinâmica com Michael Douglas e Evangeline Lilly. Ainda no elenco, Michelle Pfeiffer brilha em cena e Laurence Fishburne não diz muito a que veio como Bill Foster, o antigo rival de Hank.
Ao manter tudo que deu certo no primeiro filme, Homem-Formiga e a Vespa é entretenimento em sua melhor forma. Ao seu final, a cena pós-crédito torna-se fundamental para o futuro do universo Marvel.